imagem ilustrando artigo Veja o passo a passo para organizar o orçamento familiar

Manter o controle do orçamento familiar é essencial para ter mais tranquilidade ao lidar com as obrigações financeiras do dia a dia. A falta de planejamento e ausência de controle sobre os gastos e rendimentos é um fator de risco que colabora com o endividamento e pode trazer grandes dificuldades para a família. 

Dessa maneira, para conseguir manter o controle das contas e realizar os seus planos, é fundamental organizar o orçamento. Você sabe como fazer isso? São vários detalhes que devem ser observados para fazer uma boa gestão das finanças, o que pode trazer algumas dificuldades. 

Por causa disso, preparamos este guia completo para ajudar. Continue a leitura para saber mais sobre o orçamento familiar e o passo a passo para organizá-lo! 

O que é o orçamento familiar? 

Existem duas formas de organizar o orçamento familiar que devem ser avaliadas para determinar qual é a mais adequada ao perfil. Cada casal tem uma dinâmica em relação ao dinheiro, mas é importante entender como será feito o controle para conseguir manter um bom planejamento. Veja só! 

Separado 

Quando o orçamento é feito separado, as rendas não se misturam e as despesas são divididas entre todos. Alguns dividem os custos meio a meio, enquanto outros seguem a proporção de seus ganhos na responsabilidade pelos gastos mensais. 

Aqui, é preciso ter atenção para que nenhuma das partes fique sobrecarregada, por exemplo, assumindo grande parte das contas, de modo que não sobre dinheiro no fim do mês, enquanto a outra paga apenas algumas despesas e economiza boa parte de sua renda. Para que isso funcione, o diálogo é essencial para evitar situações de estresse. 

Único 

O orçamento único costuma ser mais simples. Nesse caso, todos os rendimentos são somados e utilizados para pagar as contas, sem que exista uma divisão clara sobre o dinheiro de cada um. Dessa maneira, não ocorre individualismo e todo o ganho que entra é da família, assim como as despesas. 

Essa é uma forma mais simples de controle, mas exige transparência e comprometimento das partes para que não surjam problemas financeiros. As decisões sobre gastos devem ser tomadas em conjunto para evitar o endividamento. 

Não existe um tipo ideal para o orçamento familiar, tudo dependerá da dinâmica da casa. Nesse caso, o mais importante é que a escolha sobre como lidar com isso seja feita em conjunto e que todos estejam abertos ao diálogo para rever decisões e fazer mudanças, caso seja necessário. 

Por que fazer um bom planejamento financeiro? 

O planejamento financeiro é uma ferramenta essencial para manter um controle de gastos, servindo de base para tomar decisões e evitar o acúmulo de dívidas. Sem observar as despesas e rendimentos com atenção, existem mais riscos de assumir mais obrigações do que é possível arcar, gerando diversos transtornos.

Uma pesquisa feita em maio de 2020 pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) demonstrou que 66,5% das famílias têm dívidas com cheques pré-datados, cartões de crédito, empréstimos, prestações, cheque especial e seguros. 

Contudo, 25,1% estão com contas em atraso, pois não tiveram condições de quitá-las no prazo. Para complementar, desse total, 10,6% declararam que não têm condições de quitar as contas, ou seja, ficarão inadimplentes. 

Esse cenário demonstra que o endividamento, infelizmente, acontece com frequência, então é necessário encontrar formas de evitar esse tipo de problema. A maneira mais eficaz de fazer isso é com o planejamento financeiro. 

Como organizar o orçamento familiar? 

No começo, fazer o planejamento financeiro pode parecer um pouco difícil, mas depois de compreender como ele deve ser estruturado e o modo para colocar cada etapa em prática, você perceberá que é simples manter esse controle. Quer aprender como fazer isso? Então confira o passo a passo que preparamos a seguir!

Analise a situação financeira atual 

O primeiro passo para conseguir organizar o orçamento familiar é fazer um diagnóstico da situação financeira. O ponto principal é avaliar quais são as dívidas existentes, como:

  • parcelamentos no cartão de crédito;
  • crediários ativos;
  • empréstimos ou financiamentos;
  • dívidas em atraso.

Outra questão importante é considerar se existe reserva de emergência ou investimentos ativos, para determinar qual é o valor que a família tem a disposição para imprevistos e realização de planos. É com base nisso que você conseguirá entender como está a saúde financeira familiar, pois isso influenciará nos próximos passos.

Separe despesas fixas e variáveis 

A etapa seguinte para organizar o orçamento familiar é listar todas as despesas da família, separando as fixas e variáveis para entender qual é a média de gasto mensal. Uma dica para facilitar é ter planilhas ou aplicativos financeiros, que permitem indicar valores e criar categorias diferentes.

As despesas fixas são aquelas recorrentes e que não sofrem com variação de valor com o nível de consumo da família. Nesse caso, indique o motivo e o valor do gasto. Veja os principais exemplos de custos fixos:

  • aluguel;
  • condomínio;
  • parcela de financiamento ou empréstimos;
  • seguros;
  • internet;
  • mensalidade do colégio, faculdade e outros cursos;
  • assinatura de TV ou serviços de streaming;
  • pacotes de telefonia fixa ou móvel;
  • plano de saúde.

Já as despesas variáveis são aquelas que têm o valor alterado conforme a rotina familiar e a intensidade de consumo. Como o custo varia, anote a despesa média para ter uma noção. Alguns exemplos desse tipo de gasto são:

  • energia elétrica;
  • água;
  • gás;
  • mercado;
  • lazer (passeios, viagens, entretenimento etc.);
  • coparticipação no plano de saúde;
  • planos de telefonia pós-pago;
  • gasolina;
  • compras variáveis (roupas, materiais, entre outros).

Organize as fontes de receita 

O próximo passo é organizar as fontes de renda. Nesse caso, devem entrar rendimentos com trabalho, investimentos, benefícios previdenciários e qualquer outro ganho, fixo ou variável. As informações podem ser inseridas na planilha ou no aplicativo utilizado para mapear as despesas.

É a partir dessa informação que será possível avaliar os problemas existentes no orçamento familiar e quais pontos precisam ser trabalhados para otimizar o planejamento financeiro. Nessa etapa, observem se falta ou sobra dinheiro, se é possível guardar uma parte ou as finanças estão adequadas.

Avalie o que pode ser cortado 

Mesmo que avaliando as receitas e despesas o orçamento familiar esteja adequado, sempre é importante observar se existem custos que podem ser reduzidos. Muitas vezes, existem gastos desnecessários que já fazem parte da rotina e não são notados.

O exemplo mais comum são os pacotes de serviços de telefonia, TV a cabo e outros contratos contínuos. Frequentemente, eles oferecem opções que não são utilizadas pela família. Assim, mesmo que a diferença de valor em relação às opções mais simples pareça pequena, os reajustes são uma boa opção para diminuir custos.

Além disso, caso a análise do orçamento mostre que os custos estão muito elevados para os rendimentos familiares e os planos financeiros, como adquirir um imóvel, encontrar formas de economizar é essencial.

Mapeie os objetivos familiares 

Quais são os objetivos familiares? Ao longo do tempo eles variam, sair do aluguel, viajar, ir para um imóvel maior, pagar a faculdade dos filhos. Não existem limites para isso e as metas variam de acordo com cada família e situação atual.

Porém, uma medida importante para ajudar a organizar o orçamento é entender quais são os objetivos relacionados à parte financeira.

Trace um plano de ação 

Com os objetivos definidos, é hora de pensar em como conquistá-los. A dica é simples, faça um planejamento! Veja o que é necessário para colocar cada ideia em prática e trace planos de curto, médio e longo prazo.

Normalmente, eles envolvem economia, definindo valores para serem guardados mensalmente, criando reservas para investir na conquista. Porém, antes disso, avalie se existem dívidas pendentes para negociar o pagamento e acabar com a inadimplência.

Se for o caso, procure os credores para ver se é possível adquirir melhores condições, com descontos nos juros e outras opções que facilitem o pagamento. Depois de resolver as pendências do orçamento familiar, vocês podem começar a guardar dinheiro para realizar todos os desejos.

Invista seu dinheiro 

Ao economizar todos os meses, um dos pontos importantes é buscar formas de fazer o valor render. Quando o dinheiro fica parado em uma conta-corrente, ele perde valor ao longo do tempo, tendo em vista a inflação, com reajuste nos valores de produtos e serviços.

Isso significa que, em longo prazo, o valor parado terá menos poder de compra. A solução para isso é investir, procurando opções que tragam rendimentos para, ao menos, acompanhar os reajustes da economia.

Existem diversas opções de investimento, com renda fixa e variável, liquidez diária ou longo prazo, enfim, eles atendem os diversos perfis necessários. Caso tenha dúvidas sobre como fazer isso, existem corretores especializados que podem ajudar na busca pelas melhores oportunidades.

Faça atualizações constantes

Depois de cumprir todos os passos, é imprescindível que o orçamento familiar seja atualizado constantemente. Não adianta preparar planilhas de custos ou baixar aplicativos, se eles não forem revisados conforme acontecem mudanças.

Anote uma periodicidade para lançar todos os rendimentos e despesas a fim de acompanhar a situação financeira. Ao deixar a de atualizar os dados, com o tempo vocês perderão o controle do orçamento e terão dificuldades para se organizar novamente.

O ideal é fazer isso pelo menos uma vez por semana, além de conferir saldos bancários, faturas e outras questões que afetem o orçamento. Quando isso se torna parte da rotina, fica mais fácil manter o controle dos gastos, fazer previsões e traçar os planos familiares.

Como incentivar a família e manter o orçamento? 

Um dos principais desafios enfrentados por quem busca melhorar o orçamento familiar é conseguir a participação de todos. Nem sempre reduzir custos e controlar os gastos é uma tarefa fácil, mas sem a colaboração da família esse desafio é ainda maior. 

Por isso mesmo, separamos algumas dicas que vão ajudar incentivar todos a manter o planejamento financeiro, acompanhe!

Estude sobre finanças 

Você já pensou em estudar sobre finanças? Essa é uma prática importante para entender os impactos do planejamento financeiro, do endividamento e dos juros, além de ajudar a identificar oportunidades para investir.

Isso ajudará a esclarecer dúvidas que podem surgir sobre o assunto, além de ensinar boas práticas de economia, sugerir ferramentas para ajudar no controle financeiro e fornecer outras dicas que podem ser aplicadas em sua casa para ter mais segurança financeira. Portanto, pesquise sobre o assunto e aproveite as oportunidades para aprender sobre o tema.

Tenham uma conversa sincera

Para que todos se engajem com as ideias de controlar as finanças e organizar o orçamento familiar, é preciso ter uma conversa com o cônjuge e os filhos.  Nesse momento, é necessário explicar porque adotar esse controle e a importância da participação de todos.

Também vale pedir opiniões e sugestões sobre como melhorar o planejamento financeiro, afinal, uma nova visão pode trazer outras perspectivas sobre o assunto. Como uma família, o diálogo é sempre o melhor caminho para alinhar desejos e expectativas, esclarecer dúvidas e demonstrar como a participação de todos nas medidas de controle do orçamento trará benefícios.

Evite as compras por impulso 

Uma das principais causas do descontrole financeiro são as compras por impulsos. Quando isso acontece, as chances de que o item não seja realmente utilizado, acabando por se tornar desnecessário para a família, são grandes. Junto a isso vem o arrependimento, muitas vezes seguido de longas parcelas no cartão ou no crediário.

A dica para evitar isso é sempre aguardar para comprar qualquer produto. Ao sair para fazer compras, faça listas com o que é realmente necessário e não fuja dos planos. Além disso, pesquise preços para encontrar as melhores ofertas. Tire alguns dias para avaliar se o produto será utilizado pela família e se o investimento realmente vale a pena. Esse prazo é suficiente para levar à desistência de muitas aquisições.

Dê preferência para pagamentos à vista 

Optar pelos pagamentos à vista traz três vantagens importantes para o orçamento familiar. A primeira é a possibilidade de negociar melhores condições, já que muitas empresas concedem desconto para pagamento em dinheiro, gerando economia.

A segunda é que isso ajuda na avaliação sobre a necessidade da compra, porque será necessário retirar o valor total da conta em uma vez só — as parcelas costumam facilitar o convencimento de compra, pois exige só um pequeno pagamento por mês.

Por fim, quando se faz muitas compras parceladas, as prestações se acumulam e, com o tempo, podem se tornar muito elevadas, dificultando o pagamento. Com isso, surgem multas, juros e problemas financeiros. Logo, acostume-se a comprar sempre à vista e deixe os parcelamentos apenas para os itens de maior valor que sejam realmente necessários ou quando quitar em dinheiro não trouxer benefícios.

Com todas essas dicas para organizar o orçamento familiar e fazer com que todos colaborem, esperamos que você consiga melhorar o planejamento financeiro. Dessa maneira, é possível realizar os seus planos e ter mais tranquilidade no dia a dia. 

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