imagem ilustrando artigo Vai construir do zero? Veja as 12 etapas de uma obra residencial!

Quais são as etapas de uma obra? Essa é uma pergunta recorrente para quem deseja construir a própria casa do zero. Afinal, ter esse conhecimento é uma forma de se planejar e realizar um orçamento mais adequado.

Da mesma forma, conhecer todas as etapas da obra permite comprar os materiais na quantidade correta e nos prazos certos. Assim, você evita prejuízos e desperdícios, sem sair do orçamento planejado.

Por esses motivos, criamos este post com as principais etapas de uma obra para você se preparar para esse momento. Então, que tal conferir?

1. Escolha do terreno

Todas as etapas de uma obra começam com a escolha entre os diferentes tipos de terreno. Assim, você seleciona o ideal para a construção. Aqui, existem algumas possibilidades: 

  • terreno plano: é aquele que é reto. Portanto, basta fazer um pequeno processo para começar a construir;
  • terreno em aclive: tem a parte de trás mais alta do que a da frente. É possível fazer a terraplanagem para deixá-lo plano ou criar um projeto que aproveite essa característica;
  • terreno com declive: consiste na parte dos fundos mais baixa do que a da frente. Portanto, está abaixo do nível da rua.

De todas as opções, as duas últimas são as mais caras. Isso porque exigem um cuidado maior com a construção.

Aqui, você deve pensar em quanto tem para investir. A partir disso, considere vários fatores que interferem na sua escolha. Além do tipo de terreno, avalie: 

  • localização: para saber se terá acesso fácil aos serviços de que precisa. Além disso, avalie o lugar do terreno dentro da quadra. Se ele for de esquina, costuma ter mais iluminação e ventilação natural. Por sua vez, o espaço é pior aproveitado devido à necessidade de calçadas e muros. Ainda observe se é um local passível de enchentes ou se é uma Área de Preservação Permanente (APP);
  • legislação: a fim de ter certeza de que a obra desejada pode ser feita no local, a legislação deve ser verificada na lei de zoneamento e nas regras de uso e ocupação do solo;
  • aspectos físicos: isso inclui topografia, orientação solar e tipo de solo. Os tipos de terreno estão especificados aqui;
  • infraestrutura: para saber se há rede de água e esgoto, coleta de lixo, iluminação nas ruas, asfalto, gás encanado, energia elétrica, telefonia e internet.

A partir disso, observe o custo-benefício para saber se o preço está bom. Ainda, busque obter as certidões necessárias. Elas são: 

  1. certidão vintenária: informa os registros relacionados a proprietários e dividendos do terreno nos últimos 20 anos;
  2. certidão negativa de débitos: apresenta possíveis pendências com os órgãos públicos;
  3. planta do loteamento: identifica os tipos de construções a serem feitas, além de detalhes importantes, como recuos.

2. Planejamento

Com a escolha do terreno definida, a próxima etapa da obra é o planejamento. Ele abrange uma série de aspectos, porém, todos exigem o controle de gastos.

Visando isso, crie uma planilha de orçamento e anote todos os valores desembolsados. Com o tempo, coloque as previsões para os próximos períodos.

Lembre-se de incluir a necessidade de uma equipe. Em alguns casos, você pode optar por construir sua casa sem esse apoio especializado. No entanto, um projeto arquitetônico faz a diferença — e pode até levar a uma economia, já que tudo está bem planejado.

Nesse cenário, existem três principais profissionais. Veja, a seguir, quais são eles e o que cada um faz:

Engenheiro

Responsabiliza-se pelo planejamento elétrico, estrutural e hidráulico da obra. Toda construção requer a assinatura de um engenheiro, que certifica a segurança da casa.

Além disso, esse profissional ajusta o projeto às exigências da legislação e garante sua aprovação na prefeitura.

Você ainda precisa do engenheiro civil. Ele acompanha a obra e torna-se seu responsável técnico.

Por isso, ele atenderá a qualquer demanda que surja no decorrer dos meses e orientará o mestre de obras sobre o que precisa ser feito. Mais do que isso, assegurará o cumprimento das normas.

Arquiteto

Realiza o projeto arquitetônico da casa. Ele busca aproveitar o terreno ao máximo e atender a todas as demandas do cliente. Normalmente, a cobrança é feita com base no projeto ou no metro quadrado.

Alguns profissionais dessa área acompanham as diferentes etapas de uma obra. Por isso, vale a pena pesquisar. Sem contar que você encontra aqueles que já são parceiros dos engenheiros.

Aqui, uma vantagem é pensar na arquitetura sustentável, que traz vários benefícios a longo prazo.

Mestre de obras

Executa a obra propriamente dita. Ele deve trabalhar em conjunto com o engenheiro e o arquiteto. Por isso, busque referências antes de fazer a contratação, isso aumenta a chance desse profissional ser de qualidade e confiança.

3. Serviços preliminares

Aqui, estão incluídas todas as atividades de preparação para implementar as outras etapas de uma obra. Entre as principais estão: 

  • sondagem;
  • demolições;
  • terraplanagem;
  • construção de um tapume;
  • construção de um depósito;
  • instalação provisória de água e energia.

Nem todos esses serviços servirão para todas as obras. Porém, eles consistem em uma preparação de modo a começar os trabalhos. Por isso, abrangem:

  • limpeza
  • fechamento do terreno;
  • movimentação de terra.

Vale lembrar que essa etapa só começa depois do projeto arquitetônico e da aprovação da Prefeitura. Desse modo, é recomendado o acompanhamento profissional para garantir que todos os serviços sejam executados da forma correta.

4. Infraestrutura

Basicamente, a infraestrutura é composta por fundação e laje. Por isso, é uma das principais etapas de uma obra. Nela estão abrangidos:

  • laje;
  • coluna;
  • escada;
  • viga baldrame;
  • sapata ou estaca.

Todos esses estágios são importantes para sustentar a edificação. Novamente, é indicado contar com um profissional especializado.

5. Supraestrutura

A supraestrutura pode ser entendida como vedação. Aqui, são executados: 

  • pilares;
  • paredes;
  • torres de caixa d’água;
  • vergas e contravergas.

Com a infraestrutura, a supraestrutura é um esqueleto da construção. Elas devem ser construídas com alvenaria e ser bem fechadas para se tornarem mais resistentes.

Em alguns casos, outros materiais podem ser usados. Por exemplo, as estruturas metálicas, que são válidas para galpões e indústrias.

6. Cobertura

Com a parte externa finalizada, as etapas de uma obra devem seguir para a cobertura. Na prática, isso representa o telhado e forro. Esse último pode ser pré-moldado, de madeira, PVC ou gesso.

Esse trabalho é fundamental. Ao realizar essa fase, são evitadas infiltrações, goteiras e mais prejuízos. Além disso, é importante observar a inclinação do telhado, porque ele pode facilitar ou dificultar o encaminhamento da água da chuva.

A cobertura também é relevante para oferecer conforto térmico e acústico. Portanto, é fundamental analisar os materiais e o projeto de modo a encontrar o melhor custo-benefício.

7. Revestimentos

O objetivo dos revestimentos é trazer conforto e aprimorar a decoração do ambiente. Aqui, estão incluídos:

  • peitoris;
  • soleiras;
  • rodapés;
  • porcelanatos;
  • pisos laminados.

Portanto, os revestimentos são válidos para pisos e paredes, fazendo com que o trabalho final da obra somente tenha qualidade se houver um bom:  

  • emboço — nivela a superfície da parede para aplicar o reboco. Também interfere na impermeabilização;
  • reboco — é a fase final de acabamento com argamassa. O objetivo é deixar a parede plano para receber a tinta ou os revestimentos;
  • chapisco — é o nível mais áspero e grosso de argamassa. É aplicado sobre a parede para trazer atrito e segurar os próximos materiais com aderência.

8. Instalações elétricas

Nessa fase, são instalados e passados os eletrodutos, fios e cabos. Além disso, são instalados tomadas e interruptores.

A divisão é feita em circuitos, que ficam protegidos por disjuntor. Assim, as instalações elétricas contemplam:

  • caixas;
  • fiação;
  • tubulações;
  • aterramento.

Os locais de instalação devem estar previstos no projeto da residência. O ideal é contar com um engenheiro elétrico para aumentar a segurança. Caso o serviço seja mal feito, vários problemas podem surgir, como sobrecarga, fuga de corrente e curto-circuito.

9. Acabamentos

Entre as diferentes etapas de uma obra, o acabamento é a que mais varia de acordo com o projeto. Além da questão de preferência, existem vários materiais e processos disponíveis.

Esse também é o aspecto que mais influencia o valor da construção. Ele chega a ultrapassar 50% do total dos gastos com a obra. Aqui, estão incluídos: 

  • louças e metais;
  • pintura externa e interna;
  • revestimentos de piso e parede;
  • gesso, como sancas e rebaixos;
  • esquadrias, como portas e janelas.

Por ter muitos detalhes, é uma etapa demorada. No entanto, é ela que trará personalidade à casa. Tenha em mente que, apesar disso, quando a sua obra chegar a esse estágio, ela estará na fase final.

Além disso, é muito importante avaliar o custo-benefício desses materiais de acabamento. A qualidade deles é essencial para trazer beleza e durabilidade. No entanto, vale a pena realizar pesquisas, visando evitar gastos muito elevados.

10. Pintura externa e interna

Ainda que faça parte do acabamento, as pinturas externa e interna merecem um tópico diferente devido a sua função dupla: proteger e decorar as paredes.

Na hora de escolher a tinta, vale a pena selecionar a mais adequada para cada tipo de ambiente. Além disso, antes de pintar, é preciso preparar as paredes.

Para isso, é necessário: 

  1. passar uma lixa grossa para eliminar o excesso de areia;
  2. aplicar o selador para evitar manchas e resíduos, especialmente na parte externa;
  3. passar a massa corrida para uniformizar a parede. Com isso, são evitadas fissuras, imperfeições, texturas desniveladas e descascadas;
  4. aplicar a tinta em duas demãos.

Caso a parede seja de gesso, ainda é importante passar o fundo preparador, de modo a garantir uma aderência melhor da tinta.

Em ambientes internos, o mais indicado é a tinta látex ou PVA. Ela é à base de água e pode ser limpa com um pano úmido. Por isso, é bastante indicada, especialmente para locais com crianças.

11. Paisagismo

Essa é uma etapa dispensável, mas que faz toda a diferença para o resultado. Você pode até se mudar e fazer o paisagismo depois. De toda forma, ele deixa o ambiente mais bonito e aconchegante.

É possível fazer o projeto sem ajuda, ou contar com o auxílio de um profissional. A segunda opção é a mais recomendada, porque ele sabe quais são as características do ambiente e as plantas que melhor se ajustam a ele.

Ainda vale a pena planejar um projeto de iluminação na área externa. Essa é uma forma do paisagismo ser valorizado e deixar a sua casa mais elegante e confortável.

12. Decoração

Apesar de não ser fundamental, assim como o paisagismo, investir em uma boa decoração vale a pena.

É possível planejá-la antes das outras etapas de uma obra. Isso porque pode influenciar as demais etapas do projeto, como:

  • elétrico;
  • executivo;
  • hidráulico;
  • luminotécnico.

Além disso, ela interfere no orçamento. Afinal, ao ter tudo definido, há menos chances de ocorrerem falhas, que levam a gastos desnecessários.

Com todas essas etapas de uma obra, você já sabe como deve estruturar o seu projeto. Agora é a hora de arregaçar as mangas, comprar o seu lote planejado e construir a sua casa do zero.

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